«Que o teu filho viva amanhã no mundo dos teus sonhos»
Amílcar Cabral, Outubro de 1944

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quinta-feira, 31 de março de 2011

Andorinha em Canhobe

Foi no âmbito da visita da expedição Latitude Zeroº - Rota Ingoré 2011 que pudemos constatar da chegada de uma encomenda do Agrupamento de Escolas do Marão à Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Prof. Henrique Bamba Ferreira” de Canhobe, no seguimento do Projecto Andorinha – Promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa – um intercâmbio de escolas portuguesas e escolas no sector de Canchungo, Região de Cacheu, Guiné-Bissau.

Trata-se de um conjunto de trabalhos e materiais didácticos realizados pelos alunos e professores portugueses ao longo do ano lectivo de 2009-2010, incluindo um cd-room com os respectivos arquivos da escola. A que acrescentamos materiais elaborados por alunos do 6.º ano de escolaridade, turma B, na disciplina de EVT – Educação Visual e Tecnológica, leccionada pelo professor José Eduardo.
É esta rota de solidariedade que se mantém...

sexta-feira, 25 de março de 2011

Andorinha cita João Rosa


Ensinar só em português prejudica alunos cabo-verdianos18 Março 2011

A utilização do Português como língua exclusiva nas salas de aula em Cabo Verde prejudica muitos alunos, razão pela qual o crioulo deve tornar-se o idioma de ensino nas escolas do arquipélago, defende o investigador João Rosa.


João Rosa, um investigador cabo-verdiano mestre em Linguística na Universidade de Massachusetts (Estados Unidos), onde lecciona, sublinhou à agência Lusa que o Português leva a que muitos alunos em Cabo Verde sejam “silenciados” nas salas de aula, dado que, fora delas só falam o Crioulo.
“A utilização do Português como língua exclusiva nas salas de aula prejudica muitos alunos cabo-verdianos que não têm acesso à língua em casa, que é a maioria dos alunos em Cabo Verde”, sustenta João Rosa, autor do recentemente editado “Discursos Linguísticos e Realidades nas Salas de Aulas – Vencendo a Luta pelo Controle”.
João Rosa frisou que, dentro das salas de aula, os alunos “são sujeitos a uma política linguística que os obriga a falar Português”, mas recusou a ideia de que a falha pertença também à própria sociedade local.
“Não acho que seja uma falha da sociedade cabo-verdiana. Desde que foi instituído nas escolas o Português tem sido uma língua protegida na sociedade. Só que a realidade ocorre em Crioulo, em Cabo-Verdiano. Acho que o Português é uma grande herança do povo cabo-verdiano, mas a prática, o ensino e a política linguística não podem sujeitar a maioria dos alunos a um silêncio dentro das salas de aula”, respondeu.
“O Português tem de ser ensinado em Cabo Verde mas como segunda língua, não como língua nativa. Essa política, por exemplo, iria diminuir as interferências linguísticas que ocorrem na maior parte da população”, sublinhou João Rosa, natural da Cidade da Praia, onde nasceu a 5 de abril de 1969 (41 anos) e residente nos EUA.
“O ensino do Português como segunda língua exigiria um ensino, na primeira fase da aprendizagem das crianças, em Crioulo. Depois, gradualmente, envolver-se-ia o Português. Não pretendo que não se deve estudar o Português em Cabo Verde. Isso seria absurdo”, acrescentou.
João Rosa lembrou que o Instituto do Crioulo Cabo-Verdiano (ICC) produz materiais escolares em Crioulo e que são utilizados no ensino sem qualquer problema.
“Esse é um debate que existe apenas em Cabo Verde e que não tem em conta o que se passa no exterior, na diáspora”, referiu o autor, argumentando que o modelo existente nos Estados Unidos prova que pode ser aplicado no país.
Fonte: Lusa, in "A Semana"

quarta-feira, 23 de março de 2011

Andorinha em Rota Ingoré 2011 - Guiné-Bissau



Um primeiro apontamento sobre a expedição Latitude Zero – Rota Ingoré: ultrapassou todas as expectativas planeadas!
A expedição partiu a 20 de Fevereiro de Portugal e contou com a participação de João Brito e Faro, chefe de expedição e engenheiro agrário, e Mário Barroco de Melo, psicólogo, da Latitude Zeroº, José Alberto Magalhães, jornalista da Lusa, António Alberto Alves, sociólogo, António Vieira e Norberto de Sousa da TVI, e na Guiné-Bissau acompanharam-nos Fernando Gisteira, presidente da comissão instaladora da universidade Instituto Piaget e a sua companheira, Dona Joaquina – num total de quatro viaturas todo-o-terreno.


Apesar do atraso no desembarque das viaturas Land Rover no porto da capital guineense, de 24 de Fevereiro a 4 de Março a frota de jipes todo-o-terreno deu uma volta pela Guiné-Bissau e pelas suas diversidades: Bissau – Ilhandé – Buba – Nhala – Guileje – Iemberem (Parque de Cantanhez) – Mato de Lautchande – Bambadinca – Bafatá – Farim – Bigene – Ingoré – Quinhicam – Canchungo – Cabienque – Tame – Canhobe – Ponta Pedra – ilha de Pecixe – Bissau. Os organizadores tiveram oportunidade de conhecer diversos projectos de boas práticas, sobretudo na área da Educação, e a equipa da TVI recolheu imagens e depoimentos preciosos para poderem realizar um bom documentário sobre a Guiné-Bissau, com o objectivo de dar um contributo positivo pela sua imagem.



Em breve iremos desenvolver mais notícias sobre este acontecimento, em que as iniciativas Andorinha foram visitadas durante dia e meio.
Até breve...




domingo, 20 de março de 2011

Andorinha em AJALPD

A Bankada Andorinha respondeu ao convite da AJALPD – Associação de Jovens Amigos da Língua Portuguesa para o Desenvolvimento e esteve presente com Clemente Mendes, Djenabú Djaló e Dionysius Aristides Charles Teodorico de Sousa Barbosa a 4 de Março num debate realizado no Centro Cultural Português em Bissau «com o objectivo de promover e desenvolver o uso da língua portuguesa no seio da sociedade guineense».
Com o seguinte programa:
09h30 – Recepção dos convidados
09h45 – Apresentação do historial da AJALPD
09h55 – Comunicação do presidente da AJALPD
1.º Tema – Pensar a Língua Portuguesa
Orador: Fernando Delfim da Silva
Moderador: Prof. Figuinho Ocaia
2.º Tema – Unidos Para Proteger o Ambiente
Orador: Secretário de Estado de Ambiente
«O objectivo principal é de pensar ceriamente em Língua portuguesa no seu método de funcionamento no nosso meio social em geral onde singio mais para a comunicação social e o problema maior que temos é na comunicação.
O Fernando disse-nos que a língua portuguesa é um veículo, tem diversidade dos pontos como os tais: ponto de vista social, económicos e ponto de vista político etc. A língua é o alicersse do nosso conhecimento adquirindo no quotidiano.
Falou também de que a chave corpo docente do português é os professores: quanto melhor o professor assim também melhor serão os alunos. A causa principal do fracaço no ensino é a situação económica do país é que levou o sistema da educação complicou-se.» [excerto do relatório de Dionysius apresentado na reunião da Bankada Andorinha]