«Que o teu filho viva amanhã no mundo dos teus sonhos»
Amílcar Cabral, Outubro de 1944

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Andorinha em Latitude Zeroº - Rota Ingoré

«Expedição à Guiné-Bissau - 2011

Introdução:
Em Setembro de 2000, os líderes mundiais reuniram-se  para a Cimeira do Milénio nas Nações Unidas e estabeleceram Oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs). Lisboa, em 2006, foi a anfitriã da Conferencia Europeia “8 Caminhos para mudar o Mundo” que devem ser atingidos até  2015. Eis os 8 Objectivos:
1.                   Erradicar a fome e a pobreza extremas
2.                   Completar a educação primária a nível universal
3.                   Promover a igualdade dos géneros e implementar o poder das mulheres
4.                   Reduzir a taxa de mortalidade infantil
5.                   Desenvolver os cuidados de saúde maternos
6.                   Combater o Hiv/Sida, a malária e outras doenças
7.                   Assegurar a sustentabilidade ambiental
8.                   Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento
Estes objectivos recobrem muitos daqueles que o evento Latitude Zero – Equatorial Challenge se propôs nas suas anteriores edições.
…  a grande bandeira do Rota Ingoré é, em coerência com a filosofia habitual, o transporte – a médio prazo – de uma escola pré-fabricada e respectivo equipamento... 

1. Objectivos da Rota Ingoré:
 Percorrer a Guiné-Bissau, de Norte a Sul, visitando pequenas aldeolas isoladas onde existam missões religiosas, ou não, constituídas por voluntários portugueses. 
Visamos:
·                     Contribuir para a promoção da Língua Portuguesa, como factor de união entre todos os povos da CPLP: serão ofertados pequenos conjuntos de livros de instrução primária.
·                     Dar visibilidade ao ignorado esforço destas populações pelo progresso económico, social e cultural.
·                     Dar testemunho do contributo de Portugal para o diálogo entre culturas, em zona de intensíssimo contacto com a África francófona.
·                     Contribuir para a promoção da mulher Guineense, em projectos de desenvolvimento local integrado, sendo portadores de apoios à agricultura – sementes, agro - químicos, instrumentos e ferramentas agrícolas e manuais básicos de agricultura.
·                     Realizar a expedição com um balanço nulo de emissões de CO2. As sementes transportadas permitirão a promoção da agricultura local e simultaneamente a absorção de CO2 emitido.
·                     Por último, contribuir para a divulgação do trabalho de voluntariado, realizado por tantos e tantos portugueses, junto destas populações desfavorecidas.

2.  O percurso:
Bissau – Canchungo – Ilha de Pecixe – S. Domingos – Ingoré – Bafatá – Bambadinca – Gabú – Boé – Catió – Tombali – Quinhamel – Bissau.

3.  Contingências
1.                    Zonas de conflito e tensão (Casamansa) a norte da Guiné-Bissau.
2.                   Instabilidade política» [ver www.latitudezero.ttverde.com]

É neste âmbito que a Bankada Andorinha e os respectivos projectos, de promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa, serão visitados em Canchungo, com o seguinte programa:

Dia 24 de Fevereiro (quinta-feira):
15h30 – Comité de Estado – cumprimentos ao Administrador de Sector, Faustino Paulo Mango
16h00 – Visita à Rádio Babok
16h30 – Passagem pelo Liceu Regional Hô Chi Minh – cumprimentos a Marcolino Vasconcelos, co-autor do programa radiofónico Andorinha
17h00 – Visita a Bankada Andorinha no Centro de Desenvolvimento Educativo – oferta de obras
18h30 – Visita à COAJOQ – Cooperativa Agro-Pecuária de Jovens Quadros
20h00 – Rádio Comunitária Uler A Baand: participação no programa Andorinha
Instalação da expedição na COAJOQ

Dia 25 de Fevereiro (sexta-feira):
09h00 – Visita a Escola Pública de Iniciativa Comunitária de Cabienque
10h30 – Visita a Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Tomás Nanhungue” de Tame e a uma das escolas anexas (Pencontche, Guepite, Pepas, Cabeh e Canuan)
12h30 – Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Prof. Henrique Bamba Ferreira” de Canhobe
14h00 – Regresso a Canchungo
17h00 – Visita a Escola Prof. Antero Sampaio – homenagem a Padre José Marques Henriques
Pernoitar na COAJOQ – djumbai

Dia 26 de Fevereiro (sábado):
08h00 – Partida para Pecixe
Pernoitar na COAJOQ

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Andorinha com o hip-hop guineense

Slyser ofereceu à Bankada Andorinha meia dúzia das suas músicas do seu mais recente álbum – e igualmente um jingle promocional em exclusivo. É com grande orgulho que iremos incorporar os seus contributos nos programas Andorinha na Rádio Comunitária Uler A Baand e Rádio Babok, a partir de Canchungo, na Região de Cacheu, na Guiné-Bissau. A Slyser, os nossos melhores agradecimentos...

«Slyser, nascido na Guiné-Bissau (Safim)  é um dos grandes artistas da comunidade, Hip-Hop, de Aveiro (membro da Hot Block, também guineenses). Tornou-se mais activo desde 2001, começando a ter várias actuações em bares de Aveiro, Coimbra e Porto. Chegou a actuar na festa do primeiro aniversário do Site Hipocentro, na comemoração do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro e de Luta contra a Sida (ambas no Porto), na festa da MTV Underground, festas do ISCAA e da Universidade de Aveiro (Festa dos CPLP em 2004 e 2005 e Queima das fitas em2003.
Em 2004 enviou uma maquete para a revista Hip Hop Nation, a qual teve uma excelente crítica ("Slyser fez em 5 sons o que muitos não fazem num cd" - citando a revista) onde se destacou pelo bom trabalho e em 2007 lançou um Ep independente - Desabafos.
Recentemente lançou um novo projecto, Mixtape Inegável 2010, que transmite mensagens positivas, um flow eclético, que viaja do agressivo ao melancólico, deixando sempre algo de útil para o ouvinte. Esse trabalho marca  regresso do Slyser à panorama hip hop após mais de 3 anos de ausência. Neste ano Slyser ainda participou na mixtape da gangdomoinho.net.

Slyser sempre foi um apaixonado por poesia e antes de ingressar no mundo do hip hp dedicava-se à escrita de poemas, por passatempo. A entrada no mundo hip hop deu-se por motivação do Tay-Ron (Soul Affect), por volta de 97. Ele, ao ouvir Slyser a rappar a música "dedicatória" dos Mind da Gap, disse-lhe que tinha uma "grande voz" e devia experimentar rappar, e assim, combinaram marcar uma sessão na casa do Tay-ron, de onde sairia o som "rhyme makers" (http://www.youtube.com/watch?v=HsURDKFLInU), que foi gravado junto com os Hot Block. Grupo com a qual Slyser andou até 2003, e com os quais ainda se faz acompanhar nas actuações e colaborações. 

Actualmente, Slyser encontra-se a gravar uma mixtape (3 a 100) a sair brevemente com os membros da Hot Block: G-Smooth (Deep Niggaz) e Nigga X.»

Download cd:


De Henrique Figueiredo, que há mais de dois anos nos dá a conhecer e fornece a música com que animamos os programas radiofónicos Andorinha, com o melhor de hip hop rap reggae funk soul afrobeat kuduro, e afins, em Língua Portuguesa, volta a patrocinar-nos com mais algumas novidades: Black Mastah, Bob da Rage Sense, Cacique 97, Dealema, DJ Ride, E-Spam, Expensive Soul, Factor Activo, Kalaf + Type, Mc Jihad, Mind da Gap, Mister Lizard, Nerve, Octa Push, Oficio, Orelha Negra, Real Combo Lisbonense, TPC trabalho para casa – o que irá reforçar a diversidade e riqueza do programa Andorinha: !

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Andorinha em +ofertas...



No âmbito do seminário “Língua Portuguesa e culturas lusófonas num universo globalizado”, que decorreu de 25 a 26 de Outubro de 2010 na Fundação Calouste Gulbenkian, organizado pela União Latina, foi oferecida à Bankada Andorinha uma edicção de “A Luta é a Minha Primavera” de Vasco Cabral, que será encaminhado para o Centro de Desenvolvimento Educativo de Canchungo.
«Nascido em Farim, norte de Guiné-Bissau (1926-2005), Vasco Cabral foi um ícone da luta política e da poesia guineenses. Quando estudava em Lisboa, aos 23 anos, envolveu-se com política, participando ativamente da campanha de oposição anti-salazarista à presidência de Portugal.
Após 5 anos de prisão em Portugal por sua atividade política, Vasco Cabral retornou a Bissau em 1956 e foi um dos fundadores do PAIGC (Partido Africano pela Independência da Guiné e Cabo Verde). 
A década de 1960 foi repleta de "aventuras". Passando à clandestinidade como militante comunista em Portugal, Vasco foge de barco para Tânger com o angolano Agostinho Neto. Descendo a costa africana, busca seu irmão para aderir ao PAIGC e lutar pela independência do país. A luta armada começa em 1963, e a independência reconhecida em 1974.
Além de atuar como governista após a independência, Vasco Cabral também fundou a União dos Escritores da Guiné-Bissau. Publicou A Luta é a Minha Primavera (1981), com poemas escritos entre 1951 e 1974.» [Fonte: www.eportuguese.blogspot.com]

Realizamos igualmente uma recolha de documentos e obras na Internet em formato pdf sobre a Guiné-Bissau e África Ocidental. Textos de e sobre Amílcar Cabral, documentos, estudos e relatórios de diversas instituições, teses universitárias, num total de centena e meia, que iremos disponibilizar para computadores do Centro de Desenvolvimento Educativo de Canchungo, do Centro de Desenvolvimento Daniel Brottier de Calequisse e do Centro de Recursos de Cacheu. Recordamos que o acesso à Internet na Guiné-Bissau, sobretudo fora da capital, é inexistente ou contingente. É um dos objectivos da Bankada Andorinha proporcionar o acesso a informação de e sobre a Guiné-Bissau aos guineenses...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Andorinha em GEED

Do Gabinete de Estudos para a Educação e Desenvolvimento, da Escola Superior de Educação, do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, a Bankada Andorinha recebeu um par de obras resultantes da sua experiência em projectos de promoção da Língua Portuguesa em países dos PALOP.
“Aprender o Português” de Margarida Santos:
«É um Manual/Guia de Alfabetização destinado a todas as crianças cabo-verdianas que iniciam o seu percurso de alfabetização, e simultaneamente, a todas as professoras e professores do ensino básico que pretendem iniciar uma caminhada conjunta com os seus pequenos alunos. Foge às abordagens expositivas que caracterizam as formas tradicionais de ensino e aprendizagem, priorizando o trabalho personalizado e de grupo, a partir da adopção de uma prática activa e participativa.»
“Para escrever melhor” de Benjamim Moreira:
«Escrever. Redigir um texto. Seleccionar, estruturar, articular informações. Eis algumas das tarefas que os estudantes têm de realizar ao longo da escolaridade. Porém, os múltiplos processos cognitivos exigidos tornam o trabalho de escrita difícil para o aluno, e não menos para o professor que o acompanha. Ao aluno, como a qualquer escrevente, é também exigida a capacidade de observar e reflectir sobre o seu texto: reescrevendo-o, reformulando-o, aperfeiçoando-o. Mas, como conseguem os professores orientar e ajudar os alunos na habilidade da escrita? Esta é a questão que se aborda neste livro. A partir de um corpus de textos de alunos do ensino básico integrado de Cabo Verde, analisam-se os problemas encontrados e apresentam-se as respectivas intervenções pedagógicas. Finalmente, são propostos instrumentos didácticos adequados às áreas críticas que justificam a intervenção do professor. Esta obra destina-se primeiramente aos professores e estudantes de Português Língua Segunda dos países de língua oficial portuguesa ou que residem e estudam no nosso país. No entanto, as propostas apresentadas vão também ao encontro de preocupações existentes no ensino do Português Língua Materna.»
Os nossos melhores agradecimentos ao GEED, em especial para Nadir Faria, por este apoio. Este par de publicações irá em breve ser encaminhado para o Centro de Desenvolvimento Educativo em Canchungo na Guiné-Bissau.