«Que o teu filho viva amanhã no mundo dos teus sonhos»
Amílcar Cabral, Outubro de 1944

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Andorinha em Tchulame


No programa Andorinha do dia 1 de Julho na Rádio Comunitária Uler A Baand, no espaço de abertura de linha telefónica aos ouvintes, recebemos a notícia do surgimento de mais uma bankada Andorinha: “União Faz A Força” em Tchulame. De imediato lançamos o convite – e desafio – para uma delegação de elementos vir apresentar-se aos ouvintes e narrarem a sua história.
No programa seguinte, a 8 de Julho, apareceram Luís Correia, presidente, e Horlando Vaz, porta-voz e conselheiro desta bankada Andorinha. Luís há dois anos que terminou a 11.ª Classe no Liceu Regional Hô Chi Minh em Canchungo e está na tabanka a ajudar o pai nos trabalhos agrícolas. Horlando é professor há sete anos na escola local. Ambos tiveram a iniciativa de reunirem os jovens – em “União Faz A Força” – para agarrarem esta causa de promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa.
Tchulame é uma tabanka mandjaka que dista cerca de onze quilómetros de Canchungo, em direcção ao sector de Calequisse. Da referida bankada fazem parte Martinho Mendes (Secretário), Raulino Vaz (Chefe de Propaganda), Pascoal Mendes (Secretário de Desporto), Luís Vaz (Delegado), Upa Mendes, Adriano Mendes, João Srêm, Marten Mendes, Tomé Mendes, Cristovão Correia, Josef Mendes, Osvaldo Mendes, Lourenço Mendes, Nampá Gomes, Afonço Gomes, Deonicio Mendes, Agostinho Mendes, Arlindo Mendes.
O bando Andorinha continua a multiplicar-se!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Andorinha em Associação






Ao longo deste ano lectivo, para os elementos das bankada Andorinha em Canchungo, ficou agendado que todos os sábados, pelas 17 horas, se realiza a reunião da bankada central Andorinha, no Centro de Desenvolvimento Educativo. Foram raros os sábados que não se conseguiu um número mínimo de presenças para se concretizar esta reunião, onde era consensualizado uma ordem de trabalho, para se discutirem diversos assuntos, nomeadamente incentivada pela organização e balanço de actividades – sempre em Língua Portuguesa.
Foram realizadas vinte e sete reuniões, o que denota a maturidade desta organização. Sendo assim, avançamos com uma ambição que se foi consubstanciando entre estes jovens: a passagem de grupo informal a associação. No mês de Junho estas reuniões incluíram uma auto-formação em associativismo, incluindo a análise, discussão e concepção dos respectivos estatutos, e a 19 de Junho foi lavrada a acta de constituição da associação Bankada Andorinha.
Estavam presentes e ficaram como membros fundadores: Adriano Combú Cardoso, Aissatú Djaló, António Alberto Sampaio Figueira Alves, Clemente Mendes, Cristiano Lopes, Daniel Djedjo, Dionysius Aristides Charles Teodorico de Sousa Barbosa, Domingos Gomes, Dona Paula Mendes, Eduardo Gomes, Fernando Djeme, Genabú Djaló, Herculano Mendes, Júlio Mendes Ninte, Júlio Lima, Marcolino Elias Vasconcelos, Maria Alice da Silva, Moizés Luis da Costa Junior, Raimundo Fernandes, Sebastião Francisco Quadé e Sinfon Djatá. Seguir-se-ão todos os passos para a sua legalização.
Esta Andorinha terá asas para o Mundo!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

+Andorinha em Uler A Baand e Babok






Para os autores do programa radiofónico Andorinha, de promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa, era um desejo de há muito encontrar continuadores que assegurassem este objectivo. O recrutamento e a formação recaíram sobre os jovens das bankada Andorinha e de imediato se revelou um pertinente incentivo para outros jovens procurarem usar mais a Língua Portuguesa no seu quotidiano.
Desde Janeiro de 2010 que Dona Paula Mendes, Sinfon Djatá e Maria Alice da Silva asseguram o programa na Rádio Comunitária Uler A Baand, todas as quintas-feiras, das 20h30 às 21h30, na frequência de 103 MHz. O técnico de som que nos acompanhou desde o início, Siaca Fati, este ano lectivo continuou estudos à noite, e teve de ser substituído por Sené Corobó, que se tem revelado um fã de música em Língua Portuguesa – e introduziu o rap e hip hop de Angola!
Desde Junho de 2010 que Diunisius Barbosa, Djenabú Djaló e Moisés Luís da Costa Júnior asseguram o programa na Rádio Babok, todos os domingos, das 21h00 às 22h00, na frequência de 98 MHz. O técnico de som, DJ Cabatcho, responsável por um programa de música e cultura senegalesa, já se rendeu à diversidade da música em Língua Portuguesa.
A Andorinha irá continuar a vogar nas ondas hertzianas deste recanto da Guiné-Bissau...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Untchenko - de Mondim de Bastos para Cabienque









No dia 27 de Maio chegaram a Canchungo dois generosos pacotes provenientes do Agrupamento Vertical de Escolas de Mondim de Bastos destinados à Escola Pública de Iniciativa Comunitária de Cabienque, no âmbito do projecto Andorinha – Promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa – um intercâmbio de escolas portuguesas e escolas no sector de Canchungo, Região de Cacheu, Guiné-Bissau.
Cabienque é uma tabanka de etnia mandjaka, que dista cerca de 5 quilómetros da sede de sector e não é servida por qualquer transporte público, deslocando-se a população a pé e/ou de bicicleta. No dia 8 de Junho, o director da Escola, professor Bernardo Gomes, veio a Canchungo, para providenciar um transporte para levar as duas encomendas para Cabienque.
No dia 18 de Junho realizou-se a cerimónia de entrega e abertura das duas caixas de papelão, com a presença do director e do subdirector da Escola, os professores Bernardo Gomes e Eusébio Gomes, da educadora de infância, Nené Mendes, do presidente e do tesoureiro da AFIR – Associação dos Filhos e Irmãos de Cabienque, Alberto Mendes e Gastão Mendes, e ainda de Pedro Mendes, representante dos jovens da tabanka, e de Sarla Mendes e Mário Mendes, responsáveis pela ligação da Comunidade à Escola. Este evento contou com a cobertura do jornalista Hélio Francisco Gomes, da Rádio Comunitária Uler A Baand.

Os dois pacotes revelaram o trabalho generoso realizado pelos diversos alunos e respectivos professores de Mondim de Bastos em prol dos alunos guineenses, o que emocionou os presentes. Assim, os alunos e professores dos jardins-de-infância de Vilarinho, Vilar de Ferreiros, Bilhó, Parada de Atei, Fermil de Basto e de Mondim de Bastos, enviaram conjuntos de desenhos de apresentação e variado material de apoio, como marcadores, lápis de côr, e livros de histórias e contos infantis. Das escolas do 1.º Ciclo de Vilarinho, Mondim de Basto n.º 2 – Barrio, Parada de Atei, Paradança e Bilhó, destacamos o conjunto de composições e de recolha de histórias e contos populares da região – o que poderá ser trabalhado pedagogicamente pelos alunos guineenses –, para além de sortido material de apoio. E ainda alunos de três turmas de 8.º ano de escolaridade da EB 2,3/S de Mondim de Bastos enviaram cartas para os alunos guineenses. Foi lida a carta da directora do Agrupamento Vertical de Mondim de Bastos, Laura Maria Esperança Ínsua Pereira, e do coordenador do Projecto Andorinha do Agrupamento, José Manuel Pinto Carvalho.

Seguiu-se a semana de provas finais e de avaliações, e no dia 28 de Junho foram convidados os alunos da 6.ª, 5.ª, 4.ª e 3.ª Classes para realizarem o exercício de escreverem cartas para um amigo/a deste conjunto de escolas, o que foi animado pelo director e subdirector, pelos professores Laiete Mendes e Aladje Mendes – a educadora de infância já tinha realizado o contributo dos seus alunos mais novos. O que será enviado brevemente, solicitando a continuidade para o próximo ano lectivo...
[Ucheco ou untchenko é o termo em língua mandjaka para designar andorinha. Como é uma língua oral, os alunos tiveram dificuldade de escreverem e chegarem a um consenso para a palavra escrita...]